Ocupo muito de mim com o meu desconhecer.
Sou um sujeito letrado em dicionários.
Não tenho que 100 palavras.
Pelo menos uma vez por dia me vou no Morais
ou no Viterbo —
A fim de consertar a minha ignorãça,
mas só acrescenta.
Despesas para minha erudição tiro nos almanaques:
— Ser ou não ser, eis a questão.
Ou na porta dos cemitérios:
— Lembra que és pó e que ao pó tu voltarás.
Ou no verso das folhinhas:
— Conhece-te a ti mesmo.
Ou na boca do povinho:
— Coisa que não acaba no mundo é gente besta
e pau seco.
Etc.
Etc.
Etc.
Maior que o infinito é a encomenda.
Um comentário:
Clap! Clap! Clap! O cara é o cara...
Nao lembro onde foi que li isso, nem quem foi que escreveu, mas achei interessante: dizia pra nao se escrever mais da metade da quantidade em que se lê. Cá do meu lado, só tenho lido música, lista de supermercado... e Thomas Mann em alemao (por que charlar é bom! hehehe)!! :-)
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