terça-feira, 28 de agosto de 2007

N’horizonte da minha vida
peço, lembro, vivo e vejo:
bendito seja esse troço de sensação
que me leva, me deixa, me move, me deita,
me olha, me escuta, disputa, e duelo:
eu fico no chão.
O bom é saber que em nada se pára
em tudo se busca, procura, repara
parada no meio, desfecho e começo
desordem que arruma, desfaz e recolhe
deitada, eu levanto: me leva, e me move

Para quem gosta de cores, assim como eu
para os que gostam de amores,
e sentem que
dos sentidos
ré-vive(u)

De longe eu sei que um bocado de paz
vem e lev’embora o que é sofrido:
a boca vira um sorriso
e como se faz preciso
o bocado se espalhar?
Espalho por todo o mundo,
espalho por todo em mim
que é pra não deixar rastro fatal
Será que eu fiz um sim
e disse um não?
Tomara que esse bocado
ressurja arrebatado
e mude esse
final.

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