sábado, 14 de julho de 2007
É engraçado como o tempo passa e algumas coisas vão-se tomando outras formas, melhores ou piores. Existem referências que devem ser de fato embasadas em mudanças, transformações, renovação; afinal, é para isso que, ao meu ver, o tomar de sentido se justifica: quase tudo é passível de aperfeiçoamento, o que, necessariamente, implica na variação e modificação de fatos que decorrem. Portanto, o sentido da variação se dá na finalidade que ela acarreta. Mas acontece que, embora haja a longínqua sucessão dos acontecimentos, algumas propriedades fincadas deveríam atuar como a exceção da regra: naquilo que se diz respeito, como exemplo, à "essência". As pessoas acabam esquecendo o quão importante é, por maior aperfeiçoamento que você procure, manter a natureza de originalidade de tudo. Eu concordo que o exercício de melhoria deve ser praticado, mas também acho que a conservação do substancial é o que te assegura do não-desvirtuamento. Não sei ao certo, mas pode ser que seja a maneira como o mundo se encontra hoje; o pragmatismo, a correria, os sentidos desordenados e destoados em razão do imediatismo... Não se cultiva mais o espírito da paciência, da compreensão, de aceitação. Por mais que o questionamento seja imprescindível, mas a aceitação em específicos aspectos é fundamental. Enfim, são interferências que vão tomando conta e depreciando aquilo que se julga ser realmente essencial: a "estirpe" dos princípios e convicções. Afinal, preservar é também mudança, não-inteira, mas 'mudança do permanecer'. Eu me fundamento inteira na variação, porém defendo que existem coisas que não devem mudar nunca - ao menos na sua essência.
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