Ocupo muito de mim com o meu desconhecer.
Sou um sujeito letrado em dicionários.
Não tenho que 100 palavras.
Pelo menos uma vez por dia me vou no Morais
ou no Viterbo —
A fim de consertar a minha ignorãça,
mas só acrescenta.
Despesas para minha erudição tiro nos almanaques:
— Ser ou não ser, eis a questão.
Ou na porta dos cemitérios:
— Lembra que és pó e que ao pó tu voltarás.
Ou no verso das folhinhas:
— Conhece-te a ti mesmo.
Ou na boca do povinho:
— Coisa que não acaba no mundo é gente besta
e pau seco.
Etc.
Etc.
Etc.
Maior que o infinito é a encomenda.
domingo, 26 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Muitos não sabem qual o valor de ser árvore. É a parte mais bonita da vida. Dá pra sentir o mundo de maneira livre, já que a minha quietude compõe o silêncio daquilo que eu consigo ver. Ser árvore é também apreciar os desperdícios do mundo sentindo o vento que poucos alcançam. É a invenção de cobrir o espaço vasto tendo apenas um tronco, e ainda assim criar um retalho de diferentes vidas. É uma das melhores partes da plenitude.
domingo, 12 de abril de 2009
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