Hoje eu fui a um lugar onde não existia pressa. Nada dessas coisas que se importam com a demora chegavam de visita. A minha vontade ficava somente naquele espaço todo de água com luzes abrindo caminhos bem dourados: o mar parou. Foi então que eu vi como eu também não tinha pressa, não sentia pressa alguma. Nunca fui daquelas pessoas que estão constantemente em atividade de busca, em corredores e passarelas. Gosto daquilo que vem ao meu encontro sem precisar sofreguidão e velocidade. Acho bom descobrir lençóis com calma. Minhas mãos e o que havia de gelado nelas, bem como na minha vista, ficaram tão livres. Tudo aquilo que eu carregava no corpo havia ficado em seus lugares e eu levara somente alívio. Bagagem não pisava naquele chão.
No meio disso tudo, eu sorri — e era tão bom...